Pilrito-escuro

Durante o inverno, o pilrito-escuro é um verdadeiro especialista das praias rochosas expostas ao oceano. Assim, a totalidade da população nacional inverna neste tipo de biótopos, ou em estruturas artificiais semelhantes, como os molhes de portos de pesca ou pontões construídos em costa arenosa. Contudo, esta limícola, nidificante em regiões árticas e subárticas, tende a invernar em latitudes temperadas frias e Portugal encontra-se já praticamente fora da sua área de distribuição^[2]. Assim, a espécie é escassa no nosso país, tendo sido contados apenas cinco indivíduos na costa continental durante o censo nacional no quadro do Projeto Arenaria^[3]. Este número reduzido poderá indicar que esta espécie se encontra em declínio entre nós, já que no passado o número de pilritos-escuros era mais elevado^[1]. De notar também que esta limícola é difícil de detetar e que a população poderá ter sido ligeiramente subestimada. Apesar de ser considerada rara, a espécie também surge regularmente nos Açores durante o outono e o inverno^[4][5]